10 de outubro de 2025
O serviço 112 em Aveiro é maravilhoso.
Por vezes, aprendemos sobre os sistemas de apoio de um país da pior forma possível: tendo um acidente.
Estive em Aveiro (Portugal) a observar a arquitetura e a maravilhar-me novamente com os edifícios esgrafitados. Ou seja, as paredes cobertas de azulejos, para que a humidade não entrasse nas divisões.
Vi que a rua era plana e atrevi-me a olhar para um edifício esgrafitado. Então, o desastre aconteceu. Nem tudo era plano; num ponto específico, onde tive o azar de pisar, faltava um paralelepípedo. Eu caí. Bati com a testa na rua. Eu estava a sangrar muito.
Eu estava a sangrar muito.
Alguns minutos depois, apareceu uma vizinha com gelo para estancar a hemorragia e o inchaço. Insisto na ideia de que estava a sangrar muito, que tinha as mãos e a camisa cobertas de sangue.
Aquela mulher contou-nos (em português) que a mãe tinha caído naquele mesmo sítio, mais ou menos como eu. Ela trouxe-nos um saco de plástico congelado. Colocaram-me na testa para evitar hemorragias e, principalmente, inchaço.
Aquela mulher muito gentil disse-nos que ligaria para o 190.
Quinze minutos depois, chegou uma ambulância do 190. O atendimento foi primoroso. E não só, a pessoa que me atendeu falava um mau espanhol (muito melhor do que eu falava português). Mediu-me a tensão arterial (estava muito alta) e disse-me para não me preocupar, que era por causa da emoção do momento.
Não me lembro do seu nome exato, talvez António. Mas o seu apelido é inesquecível: Magallanes; isso mesmo, mas escrito em português: Magalhães.
Aquela pessoa foi extremamente amável. Ele tratou-me profissionalmente. Injetou-me algo (não sei o quê).
Perguntei se os meus ferimentos justificavam ir para um hospital ou não. Ele disse-me que sim. Para um hospital.
E eu disse-lhe para nos levar.
Tratou da minha papelada e registou-me na recepção do hospital de Aveiro.
O tratamento dele foi excelente.
Amável, simpático e falava um pouco de espanhol.
Quero agradecer-lhe pela ajuda que me prestou.
Magallanes!
Sou apenas um humilde turista que teve um contratempo, mas quero agradecer: Obrigado.
Se, por acaso, receber esta mensagem, por favor, telefone-me. Agradeço a gentileza. Abraços.
E digo o mesmo àquela vizinha maravilhosa que me deu o saco de gelo.
Obrigado, Portugal!!!!!
Notas
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En esta ocasión he contado con la colaboración de Vero.
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